24 de outubro de 2011

Tornar-se Professor



            Ser professor não é uma missão fácil, tem que ter vocação e, além disso, exige dedicação, estudo e, sobretudo muita paciência.  Não sei bem como começou meu interesse pela docência, acho que foi quando ainda era criança,  apesar de que quase toda menina passa por uma fase de querer ser professora. Cresci dizendo a todos à minha volta que seria professora quando crescesse, gostava muito de brincar de escolinha e eu era sempre a professora. Com o passar tempo, fui mudando de idéia e  pensei em ser odontóloga ou bacharel em biologia.

          Quando chegou na época de prestar o vestibular,  optei pelo curso de Biologia Licenciatura. O primeiro motivo que me fez escolher a licenciatura foi por ter sido menos concorrido que Biologia Bacharelado e o segundo motivo foi por saber que sempre tem emprego para professor. No sexto período da faculdade, lecionei em uma escola estadual por cinco meses e foi muito traumatizante. A escola na qual trabalhei era muito desorganizada e não tive nenhum apoio da diretoria ou coordenação. Era um ambiente quase sem regras e disciplina, os alunos faziam o queriam e nós, professores, tínhamos que conseguir dar aula no meio de toda aquela desordem.

          Essa minha primeira experiência como professora me marcou muito, infelizmente negativamente. Nessa época, ainda não havia tido as disciplinas de Ensino e Ciências e nem de Ensino de Biologia, estas disciplinas foram muito importantes, pois aprendi coisas básicas e fundamentais pra se tornar um professor, como por exemplo, fazer planos de aula e ensino e também diferentes tipos de didáticas que podem tornar as aulas muito mais interessantes para os alunos.

          Agora, no décimo período da faculdade e com o segundo Estágio Supervisionado, poderei colocar em prática tudo o que aprendi nesses quase cinco anos de curso. Sei que não vou sair da faculdade já sendo uma boa professora, pois isso só será possível com a prática, com dedicação e procurando me aperfeiçoar cada dia mais.

            Para mim, ser professor, não é uma tarefa fácil, pois temos que enfrentar desafios diferentes quase todos os dias e, além disso, como mediadores do conhecimento, temos que desenvolver nos alunos a capacidade de pensar criticamente, incentivar os estudos e a pesquisa, dentre várias outras coisas.  Penso que para ser professor tem que ter em primeiro lugar vocação, e depois muita dedicação, estudo, paciência, criatividade, carisma, domínio de conteúdo e etc. Apesar de todas as dificuldades pelas quais os professores passam ao longo de sua vida docente, ainda existem muitas coisas que nos fazem persistir nessa profissão, como por exemplo, quando vemos o interesse dos alunos pelo conhecimento, quando conseguimos, de alguma forma, mudar-lhes o futuro. 

Autor@: Estagiári@ - Lic. Ciências Biológicas 

DISCUSSÃO:

"O professor é a pessoa. E uma parte importante da pessoa é o professor. A forma como cada um de nós constrói sua identidade profissional define modos distintos de ser professor." (Antônio Nóvoa, 1998)


Diante da narrativa e da citação acima, que elementos presentes na narrativa podem ser (re)pensados para o processo da construção da identidade docente?

As narrativas na formação inicial do Professor de Ciências/Biologia


 
O estágio curricular supervisionado na formação inicial do professor é o momento em que o acadêmico vivencia, problematiza, intervém e reflete sobre a sua trajetória de formação profissional e vislumbra as possibilidades e limites de sua futura prática profissional. Contudo, enquanto sujeitos dotados de histórias, eles trazem consigo um conjunto de representações sobre a sua futura profissão, fruto de suas trajetórias pelo “chão da escola”.
Os cursos de licenciatura são capazes de ressignificar essa trajetória? Quais são as possibilidades e limites para que essa ressignificação aconteça? Quais são os saberes que os estagiários expressam sobre o fazer do professor na escola? Além disso, como compreendem o processo de formação do professor? As respostas para estas questões não estão dadas, prontas e acabadas e nesse sentido, dar voz aos sujeitos dessa formação é o caminho para que possamos compreender esse processo sob o olhar de quem se forma.
Optamos por explicitar tais ideias lançando mão das narrativas, de autoria das estagiárias(os), por entendermos que o texto narrativo "é interior à experiência do sujeito" e por isso, poderá oferecer elementos para que possamos compreender o processo de formação sob o olhar de quem se forma. 
Para isso, serão postadas as narrativas referentes à trajetória do Estágio Curricular Supervervisionado II - Lic. Ciências Biológicas. A discussão será iniciada com duas narrativas, uma referente ao processo de "Tornar-se Professor" e outra sobre o planejamento na atividade docente, ambas de autoria de estagiári@s.

6 de abril de 2011

A intervenção pedagógica nos estágios supervisionados

Os estágios supervisionados que lançam mão da elaboração, execução e avaliação de Projetos de Intervenção Pedagógica junto às escolas parceiras, conferem a esta etapa de formação uma nova roupagem. 

Para isso, os estagiários necessitam tomar contato com a escola campo e conhecer o seu funcionamento sob os aspectos organizacionais e pedagógicos, que servirão de base para a elaboração do diagnóstico. De posse do diagnóstico, os estagiários levantarão questões pertinentes e viáveis para se realizar uma intervenção pedagógica. Frente a isso, como se dá a escolha dos temas do Projeto de Intervenção Pedagógica? Quais as dificuldades encontradas nesse processo? Há contribuições desse formato de estágio para a formação do professor de ciências e biologia?


Pesquisar este blog